MAU TEMPO
Do lado de fora da vida,
A fragrância do silêncio
Encarde o vidro,
Agora, embaçado,
Das angústias modernas.
Sem saldo no extrato das alegrias,
Os úberes se fecharam.
O leite da fortificação
Coagulou nas agonias
Da indeterminação do nada.
Rarefeito sob a aba do chapéu,
O tempo sangra nas gengivas,
Escarra os tártaros da fraqueza
Dentro da sacola manchada
Da ausência de adoçante
Para a limonada azeda da vida.
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